quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

A Escrita

Fórum Escrita                 

A Escrita ou o  Espaço de Liberdade da Palavra
A escrita deve ser perspetivada como produto ou como um conjunto de processos? Que mecanismos estão subjacentes a esta competência? Que experiências de aprendizagem proporcionar no contexto sala de aula de forma a promover a escrita?
O professor deve criar momentos de escrita verdadeiramente significativos. Deve propiciar situações que façam surgir a necessidade de produção de texto. Deve abrir novas possibilidades de escrita, de comunicação efetiva.
A escrita deve tornar-se fonte de prazer e de libertação.
Que percursos didáticos seguir na conquista da escrita? Que fatores exteriores ao escrevente podem influenciar a sua atividade de escrita?
O destino dado aos textos produzidos pelos alunos pode ser um fator de motivação. A publicação dos textos produzidos no Jornal escolar, em blogues, a participação em concursos, o intercâmbio escolar e interescolar, torna o seu trabalho verdadeiramente significativo e divertido. A escrita adquire um sentido.
A aquisição da escrita conjuga o saber e o afeto. A motivação e a afetividade influenciam as atividades cognitivas. Há um longo caminho a percorrer no sentido de privilegiar a motivação na aprendizagem da escrita. A motivação está ligada aos processos cognitivos, arrastando consigo o saber escrever: a planificação do texto, a organização dos conteúdos, a textualização, a revisão.
O escrevente competente, no seu percurso de construção da escrita, adquire estratégias de compensação, estratégias de remediação e de reforço que o tornam capaz de detetar erros e determinar processos a adotar na correção dos seus textos, isto é, estratégias de adaptação dos seus escritos à situação escolar do processo de ensino e aprendizagem.
Através da motivação afetiva, os escreventes são levados a realizar exercícios de aperfeiçoamento de texto que permitem uma reflexão sobre a linguagem. Neste processo de revisão textual, o professor leva os alunos a verbalizar o pensamento, a pensar e a "prescrever, no sentido do que deve ser feito".
O sujeito - aluno escrevente, através da atuação plural do professor, centrada na meta-análise dos textos produzidos, consciente da finalidade do que escreve, numa situação comunicativa plena, torna-se capaz de:
"Escrever para aprender a escrever";
"Escrever para construir e expressar conhecimentos";
"Escrever em termos pessoais e criativos".
Assim, a aula de Língua Portuguesa atinge uma nova dimensão, ao sabor de novos/outros sentidos e transforma-se num espaço e num tempo de múltiplos caminhos em que o escrevente é autor da sua aprendizagem, no seu percurso de libertação da palavra. A aula de Língua Portuguesa torna-se num lugar de "criação de situações de escrita significativas", do "tempo" da escrita, da verdadeira"compreensão"de funções da escrita", de "vivência de situações diversificadas"/múltiplas, onde se aprende a "construir diferentes tipos de texto", de "desenvolvimento de competências, gráfica, ortográfica e compositiva", de "apoio explícito aos processos de planificação, textualização e revisão", onde se produzem "materiais de apoio acessíveis e de "valorização das produções dos alunos: Jornais de Turma, de Escola, blogues...".
Escrever...
Escrever para sentir
Escrever para estruturar o pensamento
Escrever para compreender
Escrever para viajar
Escrever para conhecer
Eu e o outro...
Eu
Professor
Fico aqui
Nesta margem
Permaneço
Sonho
Escrevo...                                         
Até outra aventura
Noutras  margens 
Noutros sonhos...
Manuela Matos
                                                                                                                                                               

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